23/04/2020

As mudanças atuais do mercado e a preparação para o novo normal

A pandemia da Covid-19 acelera mudanças nas relações trabalhistas, valorizando novo formato de trabalho

A rotina profissional de funcionários e empresas mudou rapidamente nos últimos dias, com o crescimento da pandemia da Covid-19 no mundo e no Brasil. As empresas precisaram seguir as recomendações das autoridades, que indicam novos processos e posturas sanitárias adotadas e também o distanciamento social como forma de impedir o contágio da doença. No Brasil, o home office tem sido uma solução eficaz em diversas companhias para evitar aglomeração de pessoas, principalmente em empresas com grande volume de funcionários, que para proteger os colaboradores do vírus colocou grande parte do quadro de funcionários para trabalhar remotamente.

O home office, que até há pouco tempo era uma tendência, agora é realidade, uma vez que o avanço da tecnologia está suportando a remodelação das empresas. Esse modelo de trabalho não é novo, no entanto a necessidade de ficar em casa provocada pela crise do coronavírus, acelerou e muito o processo de adaptação.

Com foco na atenção aos colaboradores e a manutenção do atendimento aos clientes, que mantiveram os serviços ao cliente final, sem interrupções, a Callink se adaptou à nova realidade e deslocou metade de seus colaboradores para o modelo home office. Para o consultor de soluções da empresa, Rodrigo Garcia, adaptar-se rapidamente às mudanças é um diferencial das organizações e pessoas. “O maior catalisador da evolução humana é a necessidade e a dificuldade. Estamos diante de um cenário de dificuldade e embora seja por um motivo sério de saúde, a mudança necessária para o momento acelera a reinvenção das relações de trabalho. O nosso mercado não exige centralização da força de trabalho em um único local, podemos executá-lo remotamente. A prova disso é termos ajustado nossas equipes ao trabalho remoto com baixo impacto nos resultados, e a ideia é continuarmos a evoluir até superarmos nossas metas existentes antes da crise”, explica.

Mas este novo modelo exige uma nova postura das empresas e dos colaboradores. “O ponto chave está na relação gestão e liderança. É muito difícil esse modelo de trabalho funcionar com produtividade e bom desempenho quando não há confiança como ingrediente essencial. Os colaboradores devem criar novos hábitos, pois este modelo exige disciplina. É uma mudança de cultura, que atuará também como um processo de seleção natural. Saber se organizar e ser produtivo trabalhando remotamente é um diferencial profissional. Existe uma expectativa que as leis trabalhistas serão mais flexíveis e modernas, e o colaborador será mais participativo, terá mais consciência organizacional. Acredito que este é o grande legado da pandemia atual”, finaliza Rodrigo.

Para especialistas, este é um caminho sem volta. Segundo o estudo "Tendências de Marketing e Tecnologia 2020: Humanidade redefinida e os novos negócios”, desenvolvido por André Miceli, coordenador do MBA em Marketing e Inteligência de Negócios Digitais da Fundação Getúlio Vargas, é previsto um crescimento de 30% do home office no Brasil após a pandemia. Claro, que para alguns segmentos este modelo de trabalho não se adequa à sua realidade organizacional. Outros terão mais facilidade para se adaptar e perceberão rapidamente os benefícios deste modelo no novo normal que virá pós pandemia. De acordo com cada seguimento de mercado, alguns para mais outros para menos, as empresas perceberão que esta é uma tendência que proporciona diversas vantagens. 


Legenda: Rodrigo Garcia, consultor de soluções da Callink.
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