13/03/2023

Março Lilás: vacina contra o HPV é uma das principais formas de prevenir o câncer de colo de útero podendo evitar cerca de 70% dos casos da doença

No mês de março, mais uma campanha com foco na atenção à saúde da mulher ganha destaque. A cor lilás fica em evidência para reforçar a conscientização sobre o câncer de colo de útero, o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina, excetuando-se o câncer de pele não melanoma, e também a terceira causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Uma doença que tem altos índices, mas que pode ser evitada com algumas medidas de prevenção, como a vacinação contra o HPV e a realização do exame Papanicolau. 

A maioria dos casos de câncer de colo uterino é causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV). A infecção genital por esse vírus é muito frequente e não causa doença na maioria das vezes, porém em alguns casos ocorrem alterações celulares que podem evoluir para o câncer. Por isso, a vacina contra o HPV é uma das principais maneiras de evitar a doença, podendo prevenir cerca de 70% dos casos, como reforça o oncologista do Hospital do Câncer em Uberlândia, Rogério Araújo. "A vacina contra o HPV está disponível na rede pública de saúde para meninas e meninos de 9 a 14 anos. Incentivar a vacinação, principalmente nesta faixa etária, é o caminho para reduzirmos significativamente a taxa de incidência da doença na população", comenta o especialista. 

E os números também mostram que a conscientização da importância da vacinação contra o HPV deve ser ampliada, afinal, segundo dados do Ministério da Saúde, apenas 55% das meninas brasileiras que são público-alvo da campanha de vacinação do SUS tomaram as doses da vacina contra o vírus em 2020. 

Além do imunizante, outras estratégias fundamentais para evitar o câncer de colo uterino são o uso de preservativos durante a relação sexual e a realização do exame preventivo, o Papanicolau. A avaliação deve ser feita periodicamente por todas as mulheres após o início da vida sexual, pois através dele é possível detectar alterações pré-cancerígenas, que se tratadas, não evoluem para o câncer. "O tumor no colo do útero se desenvolve a partir de alterações, chamadas de lesões precursoras, na parte inferior do útero. Estas lesões podem ser totalmente curáveis, quando o tratamento é feito em tempo hábil, e em muitos casos, as alterações nem chegam a se transformar em câncer. Para isso, é fundamental a realização do Papanicolau, sendo indicada a avaliação anual especialmente para as mulheres entre 25 e 64 anos", esclarece o especialista. 

Em relação aos sinais da doença, assim como outros tipos de câncer, ela costuma ser silenciosa no início. Porém, em fases mais avançadas, o câncer de colo de útero pode apresentar sinais como sangramento vaginal especialmente depois das relações sexuais, no intervalo entre as menstruações ou após a menopausa, e corrimento vaginal de cor escura e com mau cheiro, além de obstrução de vias urinárias e intestinos, e perda de apetite e peso. Por fim, vale reforçar que diante do surgimento de qualquer um desses sintomas, a recomendação é procurar o médico para a investigação. 

Para saber mais sobre o trabalho do Grupo Luta Pela Vida e do Hospital do Câncer, acesse www.grupolutapelavida.org.br


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