16/08/2021

Rosácea: dermatose pode agravar durante inverno e verão; confira dicas de prevenção

Vermelhidão, pele mais seca ou sensível são alguns dos sintomas da rosácea, uma doença vascular que atinge até 10% dos brasileiros, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Durante estações como o verão e o inverno, devido a fatores como temperatura e umidade, esse problema pode se agravar e incomodar aqueles que convivem com ele. Para ajudar aqueles que lidam com a rosácea e também sobre o que fazer para não desenvolver sintomas fortes, a professora de cosmética e estética da Una Itumbiara, que faz parte do ecossistema Ânima Educação, Sara Guimarães Moura, explica como o clima pode afetar esta doença e dá dicas de como aliviar os sintomas. 

O inverno no Brasil apresenta um clima seco, com baixa umidade e temperaturas mais amenas, fazendo com o que os banhos mais longos e quentes passem a fazer parte da rotina da população. Com essas mudanças, aqueles que têm rosácea podem sentir as consequências na pele de forma mais intensa, como explica a especialista. “Devido ao clima, outros sintomas que podem surgir junto ao ressecamento da pele são as coceiras e irritações, e para aqueles que possuem quadros alérgicos e peles sensíveis, estes sinais são ainda mais intensos. A dica é caprichar na hidratação da pele e optar por banhos mornos, não quentes”, pontua ela. 

No verão, o ressecamento da pele também é um agravamento, mas as causas são diferentes. “A pele mais seca neste caso acontece devido a exposição solar sem a devida proteção, chegando ao ponto de descamar. Mas é interessante perceber que também temos o outro lado: em que as peles ficam mais oleosas, já que ao tomar sol sem proteção há uma diminuição da concentração de água na pele, fazendo com que seja produzido óleo em excesso para compensar a hidratação”, explica Sara. 

Apesar de ser uma doença genética, em que na média 30% dos casos têm histórico familiar, a professora explica que outros fatores externos, além do clima, podem prejudicar a rosácea. Podemos considerar uma forte influência dos fatores psicológicos, por exemplo o estresse. Além disso, o uso de certos produtos faciais como sabões, higienizadores alcoólicos, adstringentes, abrasivos e peelings, que costumam ser populares mas nem sempre possuem indicação profissional, podem prejudicar quadros de rosácea. Isso acontece pois, normalmente, trata-se de uma pele extremamente sensível a produtos químicos”, detalha a especialista.

Especialista dá dicas de prevenção e tratamento

Apesar de ser uma doença sem cura, é possível evitar que sintomas mais leves, como a vermelhidão na pele, se intensifique e torne-se permanente com a aparição de vasos finos, pápulas e pústulas que lembram a Acne, o que pode levar inclusive ao aparecimento de edemas e nódulos. Segundo Sara, o primeiro passo é investigar a origem dos sintomas, como estresse ou superexposição ao sol, e então determinar o melhor tratamento. “Normalmente, iniciamos os cuidados com sabonetes adequados, protetor solar com elevada proteção contra raios ultravioletas, e em alguns casos o uso de antimicrobianos tópicos e antiparasitários”, pontua ela. 

A especialista ressalta que a prevenção e cuidado também devem vir de mudanças simples nos hábitos do dia a dia. “Tudo depende da fase clínica em que o paciente está, mas a orientação principal é que durante o tratamento sejam evitados agravantes como bebidas alcoólicas, exposição ao sol, vento ou frio intenso, ingestão de alimentos quentes, e uso de ácidos tópicos ou sabonetes agressivos com álcool e acetona. Além disso, reforçamos o uso de filtro solar diariamente e que o paciente dê preferência ao uso de maquiagens hipoalergênicas”, explica ela, que finaliza orientando sobre cuidados necessários durante o verão ou inverno. “Duas dicas importantes: beba bastante líquido e invista em cremes e loções hidratantes para manter a pele hidratada durante estações que tenham climas muito extremos”, finaliza. 

 


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